...well...n�o tenho mais feito esses v�os, mas logo, logo...VEJA O POST ANTERIOR, FICOU UM BARATO...
de Denis Lerrer Rosenfield:
"De um lado, o Supremo Tribunal Federal (STF) est� dando uma rara demonstra��o de institui��o que n�o se curva nem ao Poder Executivo, nem ao Legislativo, nem, sobretudo, a injun��es partid�rias. De outro, existem dirigentes partid�rios que n�o apenas haviam apostado tudo na impunidade, mas, principalmente, atribu�am �s urnas uma esp�cie de poder divino, o de absolv�-los."
...Duas concep��es da democracia est�o envolvidas. Uma, encarnada pelo STF, � a reafirma��o do Estado Democr�tico de Direito, que se situa acima de qualquer contenda partid�ria. � a democracia representativa. A outra � a que se faz presente em declara��es do presidente do PT, Rui Falc�o, do deputado Jo�o Paulo Cunha e do ex-presidente Lula. � comum a todos eles o desprezo pelas institui��es, a inven��o de "golpes" e o recurso a uma suposta absolvi��o do povo mediante "elei��es" (aspas minhas, no atual sistema eleitoral, n�o acredito nas elei��es.. muito mennos na urna eletr�nica, que n�o nos permite recontar nem fiscalizar...). � a democracia totalit�ria.
..� mesmo, ein..mas tem mais:
"Agora, alguns tra�os da democracia totalit�ria: 1) Considera a dita" soberania do povo" ilimitada, podendo, inclusive, alterar ou mesmo banir as condi��es de funcionamento de um Estado e de uma sociedade livres; 2) normalmente, tal discurso � instrumentalizado por um grupo pol�tico que se utiliza desse tipo de demagogia para se instalar no poder; 3) essa lideran�a que se autointitula "popular"
considera os meios de comunica��o e a imprensa em geral como "inimigos"; 4) a concep��o de "democratiza��o dos meios de comunica��o" � uma forma de dom�nio da dita "elite popular", que procura o controle total da sociedade; 5) o Judici�rio � considerado um Poder subalterno que deve ser domesticado e controlado, de modo a se tornar um instrumento dos totalit�rios, que poder�o, ent�o, dizer que agem de acordo com a "lei"; 6) uma caracter�stica de seu discurso � a cria��o de inimigos fict�cios, que estariam sempre a persegui-los; sua forma ideol�gica reside na formula��o de um "golpe de Estado" que estaria sendo urdido; 7) na verdade, ao constru�rem essa fic��o, procuram criar condi��es para eles mesmos abaterem os seus advers�rios pol�ticos."...
"Outros tra�os totalit�rios se fazem presentes: 1) A mentira, o negar os fatos, � um deles, particularmente presente no discurso de que o "mensal�o n�o existiu"; 2) a declara��o do presidente do PT de que o julgamento do mensal�o seria uma esp�cie de golpe urdido pela "m�dia conservadora" e por um Supremo igualmente conservador; 3) o menosprezo ao Judici�rio como um Poder a servi�o de conservadores bem mostra o quanto a independ�ncia da Justi�a e o Estado de Direito s�o alvos que deveriam ser enfraquecidos; 4) a "cr�tica" � "m�dia conservadora" inscreve-se numa linhagem de setores do petismo que procura controlar os meios de comunica��o via artif�cios ideol�gicos como o da dita "democratiza��o dos meios de comunica��o"."
"Exemplos claros de democracia totalit�ria encontramos nos pa�ses bolivarianos vizinhos, cujo est�gio mais avan�ado � o da Venezuela, seguida pela Bol�via e pelo Equador. Os tra�os totalit�rios acima destacados encontram-se todos presentes, s� o que varia, segundo as circunst�ncias, � a intensidade. Comum a todos eles � o projeto de "subverter a democracia por meios democr�ticos", em particular por meio de "elei��es".
Alguns desses tra�os totalit�rios se encontram em declara��es de certos dirigentes petistas. O mais relevante deles � o de que "o povo julga" por interm�dio das elei��es. O povo, manifestando-se em elei��es, teria um poder ilimitado, que n�o poderia, ent�o, ser limitado por institui��es, dentre as quais o Supremo. Meliantes pol�ticos teriam, dessa maneira, uma esp�cie de salvo-conduto para a criminalidade, comportando-se como se puni��es n�o os pudessem alcan�ar."
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