..ainda sem net em casa...
..embora a linha de fone foi consertada, a net n�o veio ainda.. porcaria neh..
..bom dia p�pol, frio e um solz�o agora..
o outubro mais frio q j� sent�..
"A estrutura pol�tica e administrativa e seu funcionamento aqu�m do conveniente (condescend�ncia sem�ntica...) dificultam a corre��o das mazelas nacionais: corrup��o epid�mica, irresponsabilidade fiscal, infla��o, tributa��o elevada sem retorno correspondente, infraestrutura log�stica e sistemas de sa�de e educa��o prec�rios, servi�o p�blico maculado pela incompet�ncia, venalidade, loteamento de cargos (influente na incompet�ncia e na venalidade) e greves agressivas ao povo, economia demasiado estatizada e (capital privado) caudat�ria do poder p�blico, decl�nio da ind�stria no PIB, fracasso de projetos grandiosos e j� chegando ao paroxismo, a pandemia da criminalidade, viol�ncia e desordem.
Nos anos 1990 at� in�cio dos 2000 ocorreram impulsos (incompletos) de corre��o, mas desde ent�o o avan�o cessou. Consequ�ncia: risco de dem�rito da democracia e de inquieta��o e desesperan�a que, paradoxalmente, no nosso quadro social vulner�vel � ilus�o, tende � sedu��o pelas fantasias do populismo. E n�o se percebem sintomas de melhora, ao contr�rio: nos �ltimos dec�nios a publicidade veiculada pela tecnologia audiovisual moderna, que dispensa ler e pensar, vem estimulando a banaliza��o da pol�tica e a deteriora��o de sua qualidade.
Surpreendentemente, apesar do panorama sombrio, o Pa�s cresce, no impulso do "imp�vido colosso" e do "gigante pela pr�pria natureza", do Hino Nacional. Mas cresceria com menos embara�os e maior velocidade se mais bem conduzido. Frustra��es e a sensa��o de insufici�ncia j� transparecem nas manifesta��es de protesto - at� agora mais da classe m�dia e do proletariado de classe m�dia baixa, com grande parte do povo ainda anestesiada pela demagogia ilus�ria. Seus motivos circunstanciais, por vezes il�gicos e irrealistas (tarifa zero...) ou irracionais (sem saber "contra o que ou quem", "contra tudo e todos", o vandalismo criminoso depredando bancos...), s�o confusa e inconscientemente reflexos de insatisfa��o generalizada.
Manifesta��es de protesto indicam apenas o �nimo difuso do povo. Na democracia, gritos, faixas (e m�scaras...) n�o consertam o Pa�s, n�o substituem a elei��o. A nega��o abstrata refletida nas manifesta��es � in�cua sem seu complemento, a afirma��o concreta e decisiva expressa no voto ponderado e consciente, que imprima melhor qualidade � pol�tica. Essa solu��o - a �nica sem trauma pol�tico - � um desafio brasileiro hoje."
*Mario Cesar Flores � almirante.