..leia desde o in�cio o artigo do chato Jabor...

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bom dia...


"Um belo exemplo disso foi a recusa do Partido Comunista Alem�o a apoiar os social-democratas nas elei��es contra os nazistas, pois desde1924 Stalin j� dizia que os "social-democratas eram irm�os g�meos do fascismo".

Para eles, o �PSDB� da Alemanha era mais perigoso que o nazismo. Hitler ganhou e o resto sabemos.

Esta semana li o livro cl�ssico de William Waack Camaradas, sobre o que veio antes e depois da intentona comunista de 1935 (livro atual�ssimo que devia ser reeditado), e nele fica claro que h� a persist�ncia ideol�gica, lingu�stica, dogm�tica e paranoica no pensamento bolchevista aqui no Brasil. A vis�o de mundo que se entrev� na terminologia deles continua igual no linguajar e nas a��es sabotadoras dos aloprados ao mensal�o - o fanatismo de uma certeza. Para chegar a esse fim ideal, tudo � permitido, como disse Trotski: "A �nica virtude moral que temos de ter � a luta pelo comunismo". Em 4 de junho de 1918, declarou publicamente: "Devemos dar um fim, de uma vez por todas, � f�bula acerca do car�ter sagrado da vida humana". Deu no massacre de Kronstadt em 21.

No Brasil, a palavra "esquerda" continua o �pio dos intelectuais. Pressup�e uma "subst�ncia" que ningu�m mais sabe qual �, mas que "fortalece", enobrece qualquer discurso. O termo � esquivo, encobre erros pavorosos e at� justifica massacres. Temos de usar "progressistas e conservadores".

Temos de parar de pensar do Geral para o Particular, de Universais para Singularidades. As grandes solu��es imposs�veis amarram as poss�veis. Temos de encerrar reflex�es dedutivas e apostar no indutivo. O discurso �pico tem de ser substitu�do por um discurso realista, poss�vel e at� pessimista. O pensamento da velha "esquerda" tem de dar lugar a uma reflex�o mais testada, mais sociol�gica, mais cotidiana. Weber em vez de Marx, Sergio Buarque de Holanda em vez de Caio Prado, Tocqueville em vez de Gramsci.

N�o tem cabimento ler Marx durante 40 anos e aplic�-lo como um emplastro salvador sobre nossa realidade patrimonialista e olig�rquica.

De cara, temos de assumir o fracasso do socialismo real. Quem tem peito? Como abrir m�o deste dogma de f� religiosa? A palavra "socialismo" nos amarra a um "fim" obrigat�rio, como se tiv�ssemos que pegar um �nibus at� o final da linha, ignorando atalhos e caminhos novos.

A verdade tem de ser enfrentada: infelizmente ou n�o, inexiste no mundo atual alternativa ao capitalismo. Isso � o �bvio. Digo e repito: uma "nova esquerda" tem de acabar com a f� e a esperan�a - trabalhar no mundo do n�o sentido, procurar caminhos, sem saber para onde vai.

No Brasil, temos de esquecer categorias ideol�gicas cl�ssicas e alistar Freud na an�lise das milit�ncias. Levar em conta a falibilidade do humano, a mediocridade que se escondia debaixo dos bigodudos "defensores do povo", que tomaram os 100 mil cargos no Estado.

Al�m de "aventureirismo", "vacila��es pequeno-burguesas", "obreirismo", "sectarismo", "democracia burguesa", "fins justificando meios", "luta de classes imut�vel" e outros caracteres leninistas temos de utilizar conceitos como narcisismo, voluntarismo, onipot�ncia, paranoia, burrice, nas an�lises mentais dos "militantes imagin�rios".

Baudrillard profetizou h� 20 anos: "O comunismo hoje desintegrado se tornou viral, capaz de contaminar o mundo inteiro, n�o atrav�s da ideologia nem do seu modelo de funcionamento, mas atrav�s do seu modelo de desfuncionamento e da desestrutura��o brutal" (vide o novo eixo do mal da A. Latina).

Sem programa e incompetentes, os neobolcheviques s� sabem avacalhar as institui��es democr�ticas, com alguns picaretas s�bios deitando "teoria" (Zizek e outros). Somos v�timas de um desequil�brio ps�quico. Muito mais que "de esquerda" ou "ex-her�is guerrilheiros", h� muito psicopata e paranoico simpl�rio. Esta crise n�o � s� pol�tica - � psiqui�trica."

haha.