A vida do poeta � sempre um sonho

Os quais, �s vezes, versos n�o traduzem

Mensagens puras que neles deponho...

S�o as saudades longas que reluzem.



Se sopram ventos fortes de agonia;

Se l�grimas gotejam pelo ch�o,

S�o sonhos de verdade do meu dia

Que marcam sentimentos e emo��o.



Nas horas dos meus sonhos com enlevo

Por onde sublimado vou sozinho,

Em versos de alegria s� escrevo

Os bra�os que me abrem com carinho.



Meu rosto de repente se transmuda;

Sou barco da exist�ncia em mar bravio

A face da tristeza se desnuda

E mostra as muitas fendas do navio!



Eu olho e sigo as linhas do infinito

Buscando sem saber o que � verdade;

Viajo com meus sonhos em conflito,

Sou barco solto ao l�u na tempestade.



Os sonhos quentes e verdades frias

Marcam enfim deste poeta a vida;

Persegue estrelas e acalenta os dias

Que lhe pertencem na cruel corrida!..