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Comparando trajetórias
Hitler durante a primeira grande guerra serviu com entusiasmo no Exército Alemão, mas não se conformou com a derrota do então Primeiro Reich, fato que o levou a culpar a indolência dos seus compatriotas e os judeus. Chegou a ser promovido à graduação de cabo. Passado algum tempo integrou-se ao Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores, o famigerado Partido Nazista. Bolsonaro, formado na AMAN, arma de artilharia, cursou a Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais no posto de capitão, passando para a reserva em 1988, quando entrou na vida pública, elegendo-se vereador da cidade do Rio de Janeiro pelo Partido Democrata Cristão e a deputado federal em outubro de 1990. Seus mandatos seriam usados principalmente para dar visibilidade às causas militares. Hitler ganhou sobretudo votos entre a classe média alemã, que tinha sido atingida pela inflação dos anos 1920 e o desemprego oriundo da grande depressão. Agricultores e veteranos de guerra foram outros grupos que apoiaram, em especial os nazistas. As classes trabalhadoras urbanas, em geral, ignoraram seus apelos. Não tardou, porém, já era o chefe da organização, atraindo com seu discurso milhares de veteranos de guerra, desempregados, anticomunistas e nacionalistas. Após a crise de 1929 a classe média e os industriais aderiram aos nazistas, que obtiveram 6 milhões de votos no ano seguinte. Nas eleições de julho de 1932, os nazistas tiveram seu melhor resultado até então, obtendo 230 lugares no parlamento e tornando-se o maior partido alemão. Em 1933, já como chanceler, com a morte do presidente Marechal Paul von Hindenburg em agosto de 1934, Adolf Hitler funde os cargos, enfeixando todo o poder como ditador dando vazão ao seu desígnio pretendido de domínio mundial. Bolsonaro, então como deputado federal desde 1991, por sua vez, chegou ao poder como primeiro mandatário da nação nas eleições de 2018, vencendo nos níveis de escolaridade fundamental, médio e superior, conseguindo superar o voto no PT nos dois primeiros, o que não se dava desde 2002, merecendo ressaltar, também, o imenso apoio que teve entre os evangélicos, comunidade de costumes conservadores em acordo com o modo de pensamento do então candidato a presidente. Que não se duvide, uma opção antipetista feita por uma cidadania cansada da corrupção vivenciada durante os governos consecutivos de Luíz Inácio Lula da Silva e Dilma Vana Roussef. Interessante é perceber, todavia, a curiosa semelhança do desígnio imaginativo dos dois líderes, ambos populistas em suas essências, no respeitante ao protagonismo vislumbrado por eles a ser desempenhado por suas respectivas instituições armadas. Senão vejamos. Hitler requer um juramento de lealdade a cada membro das forças armadas. Bolsonaro destitui os comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica em face da atitude dos mesmos refratária às iniciativas presidenciais, de viés não republicano, em franca colisão com o compromisso prestado pelos militares quando do ingresso em suas corporações. E daí, um impasse? Acontece que o segundo, além de não ter o mesmo carisma do primeiro, não conseguiu ter a primazia do apoio total de seus militares, este que jamais colocarão a ambição de qualquer integrante da politicalha acima do seu compromisso com a nação de todos nós. Em verdade, o recado foi dado pelos quatro oficiais-generais exonerados, este que foi entendido, assimilado e, temos fé, será referendado pelos seus substitutos, em caso de necessidade extrema (Fontes: Hitler e o poder-nazismo1945 (google.com); wikipedia). Paulo Ricardo da Rocha Paiva‎. Coronel de infantaria e Estado-Maior


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