Fugaz � todo instante
e quando tento reter o da suprema del�cia
de tua companhia
com pressurosa ang�stia
ele se esquiva ao meu abra�o
apesar dos meus esfor�os...
Quando em tua companhia
nuvens de fagulhas,m�sticas e ardentes
dan�am em minha volta
alando-me, elevando-me da terra
ao encontro de coros ang�licos
no c�u ilimitado do teu corpo
recinto mais venturoso do para�so.
Com inef�vel �xtase te sinto
sinto-o, sem v�-lo, sem toc�-lo
mas como no ardor da presen�a f�sica
meu corpo vibra sentindo o enlace
dos nossos corpos no milagre da hora c�smica.
Na comunh�o do meu l�bio com teu l�bio
pressinto que caminho ao encontro
de um destino imprevis�vel...
Talvez rumo ao ref�gio definitivo
a repovoar de novos germes de vida
o vazio de espa�os infinitos
empurrada por m�o invis�vel.
Mas como continuar a viver
sem se deixar levar por essa m�o?
Como suportar essa vida
exilada de sua plenitude mais �ntima
que � sentir teu gosto?
Quero fartar-me com teus beijos
saciar minha s�de voluptuosa
na suprema del�cia do teu g�zo.
Resvalar para aquele torpor
aquela sonol�ncia
em que as del�cias do esgotamento
refor�am a alegria do despertar
e a alegria do despertar
e a vol�pia do sentir
j� se preparam para novo esgotamento
voluptuoso....
Arquejante, quero absorver o ofego ardente
do gozo entre teus l�bios....e recome�ar
N�s dois, de olhos cerrados
cada qual gozando de si mesmo no outro
com o olhar voltado para dentro
sentindo ardentemente
e com ardente lucidez...
Sabemos que nesse sonho inef�vel
h� a sensa��o consciente da realidade
e nem o c�u, nem a terra poder� dar-nos
mais profundas vol�pias
Mas tudo isso ser� mais do que gozo
n�o pertencer� a uma �poca
ou determinado per�odo
uma sensa��o que nem mesmo ter� nome
pois descrev�-lo n�o caber� na linguagem
dos homens...