Corpo nu na escurid�o da noite
Corpo nu na escurid�o indirecta
Corpo leve despido de vaidade
Imperme�vel
M�o lenta
Rosto entreaberto
Como se oferecesse sorrisos
Mente atenta ao destino
Corpo desfeito
Corpo em recusa
Onde nada te ofende�
Corpo que se nega
Na ang�stia de um pedido
Corpo que as l�grimas atravessam
Resvalando suavemente
Coincid�ncia que as m�os segredam
Corpo cansado e transparente
Que as horas da noite em si temem
Longos espasmos de frio
Correm pelas esquinas da pele
Que os dedos sentem
Em sil�ncio
Numa solid�o de pedra
Corpo perdido
Em amargos gestos
Que em si sepultam
Ondas de calor
Onde este corpo se lamenta
Manuela Fonseca