Nessa semana e na outra tive uma �tima oportunidade de me livrar de alguns fantasmas..
Quando come�amos a viver nossa vida de uma forma mais intensa, mais livre, mais independente e diferente do modo como vivpiamos antes, as coisas n�o ficam muito no prumo. Todos est�o bem e felizes, mas � dif�cil acertar todos os ponteiros e parece que nosso tempo n�o bate com o das demais pessoas.
Inclusive muitos t�m nos cobrado a aus�ncia, mas eu agora compreendo que eu e meu marido (estou me acostumando r�pido! =D) estamos caminhando juntos nesta nova estada e temos nosso pr�prio tempo, por isso parecemos desconectados da realidade e dos demais.. Ainda temos tantoa viver e a aprender juntos.. � o inpicio de uma nova vida, temos que reaprender a conversar, a entender, a contar, a compreender, a ser c�mplice, a amar... e a cada dia crescemos e nos tornamos melhores...
Nesses entremeios por muitas vezes pensei em amizades que um dia tive e pensei ser uma pessoa m� por ter me deixado afastar dessas pessoas, como se eu tivesse escolhido n�o t�-las por perto e isso me perturbava. Tinha ainda na mem�ria apenas os momentos bons... Pergunte a pessoas de mais idade do melhor tempo de suas vidas... n�o dificilmente falar�o de momentos em que a pol�tica era opressora, que a vida era rudimentar, mas lembram apenas do que era bom, do que era descompromissado, do que parecia leve...
Assim eu estava, s� pensava em momentos simples e leves, como se tudo fosse flores. Semana passada conversei com uma pessoa com quem n�o falava h� anos. Reencontrei uma pessoa ir�nica, que nunca foi verdadeiramente pr�xima ou preocupada comigo ou nossa amizade. Me senti leve por espantar essa lembran�a.
Ontem, encontrei no �nibus a 5 pontos do trabalho uma colega de colegial, por quem na �poca tinha muito carinho. Era uma pessoa realmente doce e meiga, delicada, educada e amiga. Mas que infelizmente se deixava encobrir pela amizade de uma outra rude, altiva e arrogante � qual esteve sempre ligada intensamente pela amizade das m�es desde a juventude. Eu nunca pude com essa amizade e me afastei. Sempre lamentei ter aberto m�o desta amizade por uma terceira pessoa, como se fosse minha culpa. Ontem, conversando com ela, pude perceber o quanto ainda s�o, depois de 8 anos, absurdamente ligadas. Entendi que a culpa n�o foi minha, mas que simplesmente h� pessoas que s�o muito ligadas, que n�o h� meios de se manter amizade com uma sem que a outra esteja interferindo diretamente.
Me senti mais leve. E bem, muito bem por ser uma pessoa melhor, por ter crescido, aprendido com a vida, por saber ser uma pessoa confi�vel, por ter seguido meu caminho e, acima de tudo, por n�o arrepender das minhas escolhas...