O amor � Let�cia Thompson
Se eu n�o tivesse amor... nada seria... E, tendo amor, tudo entrego e nada sou. O amor, de t�o nobre, nos torna humildes. Nos possuindo, possui tamb�m nossas for�as, nossas vontades, nos deixa � merc� do outro e dos seus desejos. Ele nos escraviza, sem que por isso nos sintamos cativos e tenhamos desejos de liberdade. � uma pris�o volunt�ria. Ele nos limita e nos deixa ilimitados. O riso do outro pode ser nossa felicidade, bem como sua l�grima pode ser nossa tristeza. A pessoa amada pode tocar nossa alma a qualquer momento e n�s mesmos, sem reservas, deixamos a porta aberta. Quando o amor torna-se a raz�o da nossa vida, a falta dele torna-se tamb�m a n�o raz�o dela. T�o grandes e t�o pequenos somos quando amamos algu�m! J� nem sei quem sou se n�o somos dois. Se n�o somos dois, n�o sou ningu�m. Hei de morrer de amor, se de amor n�o posso viver. O amor nos m�i, nos transforma. De tanto doer, nos ensina a resigna��o, a aceita��o. � uma sublime porta por onde entramos e deixamos na entrada nossas defesas. Mas ainda assim nos faz sentir fortes o bastante para enfrentar o mundo. Somos condenados e agraciados ao mesmo tempo. O amor n�o tem raz�o, n�o tem explica��o e nem defini��o. � tudo por tudo. Quem amou uma vez, amar� ainda. E chorar�. E rir�. E dar� gra�as por essa aura que o torna diferente aos olhos do mundo. O amor � sublime e sublima. N�o mais palavras... se o amor sem falar j� diz tudo...
Let�cia Thompson |