P�RA QUE SER POETA?
Guida Linhares
Talvez ser poeta seja a resposta
por tudo o que nos deu vida,
e buscamos no futuro a amostra,
de tudo o que ainda nos dar� guarida.
S�o tantos sonhares do passado,
imortalizados em muitos versos.
O poeta se transforma inspirado
em todos os temas, mesmo adversos.
As dores do amor ele as transfigura,
e faz renascer o principe e a princesa,
felizes no amor enquanto ele dura,
em momentos de sutil ternura e beleza.
Ser poeta � padecer no paraiso,
enquanto vive as penas do inferno.
Por vezes sente-se perdido e sem siso,
dentro do sepulcral sil�ncio interno.
Mostra ao mundo a face tranquila,
enquanto chora l�grimas em rimas,
pela sua trajet�ria que por vezes o aniquila,
de emo��es perdidas em muitas esgrimas.
Mas o que seria do poeta sem isso,
sem o combust�vel inflam�vel dos sentimentos,
que habitam o seu cora��o? Seria um omisso
se n�o os transformasse em pensamentos;
e os fizesse atravessar o �ter dourado,
e tocar cada cora��o que nele se espelha.
Mostrando-se ora alegre, ora amargurado,
como a dizer, veja em mim a tua centelha.
E quando sabe que sua lira � ouvida,
o poeta sente a gratid�o infinita,
pela musa que o inspira: a vida
soberana senhora da alma em cripta.
Contudo esta mesma vida que o cont�m,
entretece tramas as mais intrincadas,
e na teia de ilus�es seu cora��o det�m,
em desejos e vontades jamais aplacadas.
E a energia que vem deste rompante,
desdobra a fr�gil alma do poeta
que tresloucado segue adiante,
espalhando a sua poesia inquieta.
Santos/SP/Brasil
04/06/10
Guida Linhares
Talvez ser poeta seja a resposta
por tudo o que nos deu vida,
e buscamos no futuro a amostra,
de tudo o que ainda nos dar� guarida.
S�o tantos sonhares do passado,
imortalizados em muitos versos.
O poeta se transforma inspirado
em todos os temas, mesmo adversos.
As dores do amor ele as transfigura,
e faz renascer o principe e a princesa,
felizes no amor enquanto ele dura,
em momentos de sutil ternura e beleza.
Ser poeta � padecer no paraiso,
enquanto vive as penas do inferno.
Por vezes sente-se perdido e sem siso,
dentro do sepulcral sil�ncio interno.
Mostra ao mundo a face tranquila,
enquanto chora l�grimas em rimas,
pela sua trajet�ria que por vezes o aniquila,
de emo��es perdidas em muitas esgrimas.
Mas o que seria do poeta sem isso,
sem o combust�vel inflam�vel dos sentimentos,
que habitam o seu cora��o? Seria um omisso
se n�o os transformasse em pensamentos;
e os fizesse atravessar o �ter dourado,
e tocar cada cora��o que nele se espelha.
Mostrando-se ora alegre, ora amargurado,
como a dizer, veja em mim a tua centelha.
E quando sabe que sua lira � ouvida,
o poeta sente a gratid�o infinita,
pela musa que o inspira: a vida
soberana senhora da alma em cripta.
Contudo esta mesma vida que o cont�m,
entretece tramas as mais intrincadas,
e na teia de ilus�es seu cora��o det�m,
em desejos e vontades jamais aplacadas.
E a energia que vem deste rompante,
desdobra a fr�gil alma do poeta
que tresloucado segue adiante,
espalhando a sua poesia inquieta.
Santos/SP/Brasil
04/06/10
