CONTO DE FADA DO MUNDO MODERNO
Ela se arrumou toda, colocou o seu melhor vestido, de renda branca, lindo... Maquiou-se, se perfumou. Foi ao cabeleireiro fez cachinhos nos cabelos loiros. Na boca o batom vermelho real�ou seus l�bios finos... Pintou as unhas em tons rosa claro, e se vestiu como uma rainha a espera do seu rei... Pegou sua sombrinha branca, pois o sol l� fora estava muito forte, e n�o poderia queimar sua pele branca... Enquanto aguardava sua carruagem.
Agora sim ela estava pronta! Pronta para a grande festa, Tudo arrumado, assim ela pensou... E sentou se e esperou, e esperou as horas foram se passando, uma, duas tr�s e quatro... e nada do grande rei chegar. E ela como uma princesa pensou: Onde est� o meu pr�ncipe que ainda n�o chegou ? Ter� ocorrido algum problema, na sua linda carruagem ? Ou ser� que ele apenas se atrasou ?
Mal ela sabia que para aquela grande festa, ela n�o tinha sido convidada, todos estariam l�, mas ela n�o...
As l�grimas lhe vieram na face, quando ele chegou e disse:
- Voc� ainda est� a minha espera, n�o sabe que n�o te quero no meu pal�cio, que a minha festa � uma festa particular, s� pr� quem eu convidar ? E voc� n�o � mais minha convidada. Tire seu vestido branco e n�o me venhas com l�grimas falsas.
- No meu castelo, entra quem eu quero e voc� n�o faz mas a corte no meu reino... N�o tem mais lugar pr� ti. �s uma princesa destronada de hoje em diante, n�o me venha mais me visitar. Pois suas visitas me incomodam, elas me aborrecem... e n�o quero mas nada meu aqui tamb�m...destrua tudo que represente a minha presen�a em tua casa, porque n�o quero minha imagem estampada em seus sorrisos, e em seu reino.
E assim ele se foi, entrando em sua carruagem, e indo comemorar a sua linda festa particular... E ela ali parada est�tica, com tamanha grosseira, jamais podia imaginar, que de um belo pr�ncipe que ela tanto sonhava ele se tornaria no feio sapo do lago das suas lembran�as vazias...
Assim s�o os contos de fada modernos... N�o tem mais finais felizes.
Tem a vida nua e crua, da grosseria da dura palavra, quando n�o se sabe o que se sente, e n�o pensa no que se diz, e vai embora sem nem olhar pr� tr�s no grande estrago que fez.
L�dia Lima de O. Soares