Orom� � um Vala, ca�ador de monstros e feras cru�is. Al�m dos cavalos e c�es de ca�a, ele tamb�m ama todas as �rvores e, por esse motivo, � chamado de Aldaron (senhor das �rvores) e de Tauron (senhor das florestas). Embora Orom� n�o possua tanta for�a quanto Tulkas, � mais tem�vel em sua ira. Seu cavalo branco � chamado de Nahar e ele possui ferraduras de ouro e brilha como prata durante a noite. Possui uma enorme trompa chamada de Valar�ma, cujo som se assemelha ao de um rel�mpago. Sua esposa � V�na, a Sempre-jovem, irm� mais nova de Yavanna. Al�m disso, Orom� � irm�o de Nessa, que desposou Tulkas.

Quando os Valar deixaram a Terra-M�dia para viver em Aman, Orom� n�o quis abandon�-la � sua pr�pria sorte. Assim, cavalgava de vez em quando na escurid�o das florestas sem luz. Sempre carregava sua lan�a e arco, perseguindo e matando sem piedade as criaturas terr�veis que seguiam a Morgoth. Orom� montava Nahar e a terra adormecida tremia sob o som de seus cascos e de sua grande trompa Valar�ma, que reverberava pelas montanhas. Nesse momento, o pr�prio Morgoth tremia em Utumno e as sombras do mal fugiam, s� voltando a se reunir depois de sua passagem.

Orom� foi o primeiro a avistar os elfos, enquanto cavalgava as margens do Helcar. Nahar teria estancado e come�ado a relinchar, e ent�o o Vala ouviu ao longe o som de muitas vozes cantando. Ao contempl�-los, Orom� se encheu de admira��o, pois eram belos, fortes e imponentes, e passou a cham�-los de Eldar, povo das estrelas. Mas, Melkor fora o primeiro a se dar conta do despertar dos elfos e, como odiava a Orom� e temia seus passeios a cavalo, teria enviado suas sombras em forma de cavaleiros para perseguir e emboscar os Primog�nitos. Assim, por conta dos rumores mentirosos, muitos dos elfos se apavoraram com a chegada do Vala e fugiram, perdendo-se para nunca mais serem encontrados. Acredita-se que eles tenham sido aprisionados em Utumno e, depois de anos de tortura e escravid�o, tenham dado origem a horrenda ra�a dos orcs. Mas aqueles que tiveram coragem e permaneceram, descobriram que o Grande Cavaleiro n�o era um servo de Melkor, pois a luz de Aman brilhava em seu semblante. E ent�o, Orom� teria seguido com a not�cia do despertar at� Valinor e voltado imediatamente para viver entre os elfos.

Mais tarde, depois da batalha que deixou Utumno em ru�nas e a pris�o de Melkor, os Valar decidiram convocar os elfos para viverem entre eles. Por�m, como s� haviam visto os Valar encolerizados em guerra, sentiam pavor deles. Ent�o Orom� foi enviado e escolheu tr�s embaixadores que se dispunham a ir at� Valinor em nome de seu povo: Ingw�, Finw� e Elw�. Chegando l�, eles ficaram encantados com a gl�ria e impon�ncia dos Valar e sentiram desejo pela luz das Duas �rvores de Valinor. Orom� os levou de volta a Cuivi�nen onde falaram a seu povo e os aconselharam a viver nas terras de Aman. Aqueles que ouviram aos seus reis e se dispuseram a partir ficaram conhecidos como Eldar, nome que Orom� havia dado, mas aqueles que desrespeitaram a convoca��o passaram a ser chamados de Avari, os relutantes.

As hostes de elfos partiram de Cuivi�nen e Orom� cavalgou � frente montado em Nahar. Os elfos n�o ousavam continuar a marcha se Orom� n�o estivesse entre eles. Sempre que o Vala se afastava eles paravam e s� voltavam a caminhar quando ele retornava. Depois de anos viajando dessa forma, ocorreu que chegaram ao Grande Mar e Orom� os deixou para buscar os conselhos de Manw�. Assim ficou decidido que Ulmo arrancaria uma ilha do meio do mar e os Eldar a usariam como embarca��o para chegar �s terras de Aman.

Celegorm, um dos filhos de F�anor e neto de Finw�, era muito amigo de Orom�. Muitas vezes ele acompanhou o Vala em suas ca�adas. Como ele costumava se hospedar na casa de Orom�, teria adquirido grande conhecimento sobre aves e outros animais, aprendendo tamb�m sua l�ngua. O Vala o teria presenteado com Huan, um magn�fico c�o de ca�a que lhe foi fiel at� mesmo em seu ex�lio.

Quando se descobriu que o respons�vel pelos falsos rumores que provocaram o desentendimento entre os Noldor havia sido Morgoth, Orom� e Tulkas o perseguiram em sua fuga. Mas ele resistiu �s investidas dos Valar, que n�o puderam encontrar nenhum tra�o dele. Mais tarde, depois que Morgoth e Ungoliant destru�ram as Duas �rvores de Valinor, teve in�cio uma nova persegui��o. A terra tremia com os cavalos da hoste de Orom� e fa�scas sa�am dos cascos de Nahar. Por�m, sempre que se aproximavam da nuvem negra deixada por Ungoliant, os cavaleiros ficavam desorientados e o som da Valar�ma se calava. Assim Morgoth conseguiu escapar mais uma vez da f�ria dos Valar.

Entre os seguidores de Orom�, podemos citar Tilion, o timoneiro da lua. Ele era um dos ca�adores do Vala e, como adorava a prata, implorou que lhe dessem permiss�o para cuidar para sempre da �ltima Flor de Prata. Havia tamb�m os dois magos azuis, Alatar e Pallando. Orom� escolheu enviar Alatar para a Terra-M�dia para ajudar a combater a influ�ncia de Sauron, e Alatar decidiu levar tamb�m seu amigo Pallando. Pouco se sabe sobre os dois e, segundo uma carta escrita em 1958 por J.R.R. Tolkien, eles teriam sido enviados para regi�es distantes no leste e sul, ocupadas pelos inimigos, como emiss�rios e (embora ele mesmo n�o tivesse certeza) provavelmente teriam falhado em sua miss�o, deixando-a de lado para fundar cultos secretos de magia. Existe tamb�m uma vers�o tardia da hist�ria dos magos azuis, escrita pelo pr�prio J.R.R. Tolkien, que por motivo de incongru�ncias, eu prefiro n�o citar aqui.

Orom� tinha um grande amor pela Terra-M�dia e s� a deixou para tr�s muito a contragosto, sendo o �ltimo a chegar a Valinor. Por vezes ele abandonava as terras aben�oadas e cavalgava como um vento pelas montanhas, afugentando todos os seres do mal com sua poderosa trompa Valar�ma. Al�m disso, costumava treinar sua gente e seus animais para perseguir as criaturas perversas de Morgoth. Acredita-se que ele foi o respons�vel por levar para a Terra-M�dia o pai dos mearas, cavalos que n�o aceitavam r�dea ou freio e compreendiam aquilo que os homens falavam. Foi o primeiro dentre os Valar a se apresentar aos Primog�nitos e a receber deles sua confian�a e amizade. Nunca se acovardou diante das maldades de Morgoth sendo temido por ele e por seus servos.