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Eu sempre fico muito assustada quando percebo que estou prestes a entrar num período de mudanças significativas na minha vida. Fico querendo que o mundo se esqueça um pouco de mim, me coloque de canto, me deixe ser coadjuvante da minha própria existência, fico torcendo pra que doa pouco, pra que seja leve, pra que não me entristeça, não me machuque, não carregue coisas que eu amo. Fico torcendo pra que o destino tenha piedade de mim, mas ainda que eu queira muito me esconder ou me esquivar de qualquer uma dessas coisas que veem pra alterar totalmente a composição atual da minha vida. Eu não me apoio ao novo, me deixo crescer, até porque já vivi tempo suficiente pra perceber, que me sentir parada no tempo é muito mais assustador. O mundo desde que a gente nasce, já vem cheio de expectativa, e tem vezes que eu acordo e penso: Caraca, hoje eu vou mudar alguma coisa na minha vida e não mudo. A gente pensa tanto em como e no que queremos mudar na gente, que esquecemos que a mudança é uma sucessão, que demora, que não é de um dia pro outro. Assim como tem vezes que eu também acordo e penso: Pra que? E muitas vezes me coloco na posição de antagonista na minha vida, da vilã que se sente sozinha e é aí que entra aquela pergunta: Liberdade ou solidão? Que nem faz sentido, porque a liberdade na maioria das vezes é solitária e ser livre também é ser só. Então eu estou sendo livre o suficiente, ou eu estou sozinha demais? Ou eu estou sozinha demais ou estou sendo livre? Eu sempre acho que o mundo está diferente todo dia, talvez nem seja o mundo, e na realidade sou eu, mas na minha percepção, tudo é movimento. E o movimento é o que resulta em efeito, e querendo ou não, a expectativa está presente em tudo, porque se não tem efeito, será que a gente está em movimento? Talvez seja por isso que na maioria das vezes, eu fico desligada e absorta do mundo. Me perco em pensamentos distantes e irreais, e quando eu volto pra realidade, me dá uma enorme ânsia de me perder mais e mais, ou uma enorme ânsia de me encontrar mais e mais, não sei se me perdi agora ou sempre estive perdida. Mas também não sei se me encontrei e nunca nem cheguei a me perder, mas eu penso demais. E muitas vezes eu tento encarar a linha de volta, mas na metade do caminho eu sempre me pergunto: De volta pra onde?

— .(Escrito dia 13/04/2025, às 16:25).




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