Esses tempos só nos serviram pra reafirmar, que os cafés realmente tinham e ainda tem gosto de saudade, que as orquÃdeas nunca morrem, e que o amor, se é amor, é sempre encontro e reencontro. Vivemos e sentimos tudo que não tinha dado e esse nosso "Pouco", foi tão bom, que valeu muito mais que um "Muito", que não tinha dado tempo de ser, salvamos um "Quase-alguma-coisa", que faltava bem pouco pra ser, muito mais que um quase, e que foi bem mais mesmo. Tu me falaste, que o tempo e o espaço não são mensuráveis, diante de tantos anos e reencontros, que trouxeram o mesmo sentimento. E eu acho incrÃvel imaginar, que existe uma fenda, uma pequena fenda no espaço tempo, fenda essa que é causada pela vida, que nos permite vivenciar experiências únicas, porém, repetidas vezes. Não sei que tipo de conexão é essa, que nos traz de volta, mas que à s vezes com a mesma frequência nos leva, mas é uma conexão que ao invés de me prender, me deixa livre. Ao invés de me sufocar, me dá fôlego, te reviver e te reconhecer, foi tão bom que a vida me fez até pensar que darÃamos certo de novo e deu. E foi a melhor memória que eu tive da gente, em todos os anos que tivemos, era a gente, não tinha como fugir, era óbvio. E outro dia eu li em algum lugar, algo que dizia assim: Quando o mundo te joga uma coisa tão óbvia, tu não simplesmente ignoras e sai, têm de se fazer do seu coração a coisa mais bonita sobre você. No final das contas, só confirmou o que eu já sabia mesmo, não só não era amor, como ainda é.
— .(Escrito dia 22/04/2025, às 12:54).