Vivemos correndo, ouvindo pouco, julgando muito. Acreditamos que é drama, exagero, frescura. Mas não vemos as guerras que alguém trava por dentro enquanto continua sorrindo por fora, por costume… ou por medo.
A gente duvida do cansaço, até que o corpo desiste. A gente duvida da tristeza, até que ela se instala de vez. A gente duvida do pedido de ajuda, até que ele não vem mais.
Depois que alguém parte, todo mundo lembra: que ela estava diferente, que dizia estar cansada, que sumia aos poucos.
Depois que cala, todos ouvem. Depois que morre, todos se importam. Mas aí já não dá mais tempo de abraçar, de ouvir com o coração aberto, de dizer: “fica, você importa”.
Sim, cada um tem o direito de decidir sobre si. E nem sempre quem está por perto consegue ver tudo, perceber tudo. Ninguém é onisciente. Ninguém está imune às próprias limitações. Nem todo mundo sabe como ajudar. E nem sempre o amor é suficiente para conter o abismo do outro.
Mas se existe o mínimo de sinal, o mínimo de dor percebida, que nunca falte um gesto, uma escuta, uma tentativa.
Não para salvar o outro a todo custo, mas para que ele saiba, com certeza, que não está sozinho.
Porque a dor que foi ignorada em vida pode virar saudade que grita na alma de quem ficou. E talvez a lição mais profunda seja essa:
Quem ama, ouve, mesmo sem entender. Quem ama, pergunta de novo, mesmo que pareça insistência. Quem ama acredita na dor que não sente, só porque alguém a sente.
Nem sempre é possível impedir o adeus. Mas que nunca falte presença, cuidado, amor. Porque tem dores que só pedem isso: que alguém acredite… antes que seja tarde demais.
Sunshine Sunshine 🌞
Escrito por Isa ✨ ✍🏼
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