Aonde vive?
Aquele olhar acolhedor,
De onde vem?
O abraço “aquietante”,
Feito de bálsamo e energias,
Quem me dá?
É tão fácil entender
O que nos faz bem,
Não precisamos de muito,
Mas precisamos de muito...
Muito menos que o desejo quer,
Muito mais do quê a alma anseia.
Nesse espaço de mais e menos,
Somos iguais na solidão,
Diferentes na solução,
Mas singulares na emoção vivida.
No seu tom, uma história compõe
A sinfonia da sua existência,
Registra no caderno de caligrafia
A sua lógica inconclusiva,
A sua trajetória uniliteral,
Composta de versos e versões
Que me alcançam
Nos momentos de alegrias,
Nas noites de revoltas,
Na necessidade dos sonhos,
Na aparência sadia.
Esse amor que deriva da conexão,
Mexe com o íntimo dos seres,
Desenrola a humanidade perdida
E deixa-se ficar espalhado
No tabuleiro da criação.
O desejo aquietante